sábado, 18 de abril de 2009

Paciência ante o Insulto

 
PACIÊNCIA ANTE O INSULTO

Certa vez, insultado por um homem, Buda calmamente esperou que o interlocutor concluísse sua afronta, antes de propor-lhe a seguinte questão:
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- Se ao levar um presente a alguém e essa pessoa se recusar a recebê-lo, com quem deverá ficar o presente?
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O ofensor prontamente respondeu:
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- Se ao oferecer um presente a alguém e essa pessoa se recusar a recebê-lo, o presente certamente ficará com aquele que o quis dar.
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Buda então completou:
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- Assim é para mim o seu presente do qual declino, portanto, por favor, guarde para si seus insultos.
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Se alguém se dirige a nós com palavras e comportamento agressivos, movido pela raiva e reagirmos de igual modo, estaremos também movidos pelo mesmo mal. Ambos seremos como loucos que se jogam num incêndio e terminam devorados pelas chamas. Mas se, ao contrário, reagirmos como o Buda, mantendo a mente calma e clara, acumularemos grandes méritos. Este estado da mente, livre de raiva, nos proporcionará fortuna ainda maior, pois detém uma das condições básicas para adentrarmos no caminho da iluminação.
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A prática da não violência começa quando deixamos de agir tomados pela raiva e ao mesmo tempo encorajamos os outros a agirem com a mente imbuída da mesma intenção pacífica. Contudo, se as circunstâncias se mostrarem desfavoráveis a esse intento, declinemos do insulto e sigamos adiante com o propósito de continuarmos a produzir palavras e ações de pura compaixão, generosidade e sabedoria.
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Todo dia é perfeito para empreendermos a cooperação e para celebrarmos a paz no mundo.
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Post Scriptum 

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"Nunca faça o mal. Faça sempre o bem. Purifique a mente. Esses são os ensinamentos de todos os Budas." (O Verso dos Sete Budas)
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"Portal da Luz de Buddha", Templo Zulai
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